quarta-feira, 5 de novembro de 2008

A UBI DE 7 DE NOVEMBRO


Nos últimos dias tem-se usado, talvez em demasia, as expressões “a UBI do futuro” ou ainda “o futuro da UBI”. Sejamos honestos, a caminhada rumo a um futuro de sucesso iniciou-se há muitos anos com o trabalho dedicado de muitos, alguns dos quais sem ocuparem cargos de “notoriedade”, não aspirando, portanto, a outro reconhecimento que não fosse a consciência do dever cumprido.

Na próxima Sexta-feira iremos todos acordar numa Universidade diferente, quaisquer que tenham sido os resultados eleitorais da véspera. Diferente i) porque vai iniciar-se uma nova fase da gestão universitária (situação imposta por lei) e ii) porque terminou o ciclo de opções únicas na UBI (resultado de uma opção firme da Universidade).

No que respeita ao corpo de professores a integrar o CG podemos dizer, sem margem para dúvidas, que duas alternativas são insuficientes para dar voz à diversidade de visões, opiniões e experiências, existentes na Universidade. Na lista B primamos pela diversidade e não presumimos estarmos todos em sintonia, nem que as opções de cada um são coincidentes com o todo. Une-nos, contudo, o bem-querer à instituição e o respeito e reconhecimento de que a diversidade de ideias, e opções, constituem a maior riqueza duma universidade.

Estabelecer metas e objectivos ambiciosos é quase sempre um imperativo de qualquer campanha eleitoral. Não querendo ser negativista, uma vez que num processo eleitoral mandam as regras que os candidatos discursem pela positiva, atrevo-me, ainda assim, a dizer que é quase sempre difícil termos certezas sobre qual o melhor caminho a percorrer para alcançar os objectivos pretendidos. São, contudo, mais fáceis as certezas sobre os caminhos que não devemos percorrer.

A diversidade de ideias e opiniões no CG é fundamental, porque será a união das diversas certezas que cada um dos futuros membros do CG terá sobre os caminhos a não percorrer, balizada pelas incertezas, cuidadosamente quantificadas, sobre os possíveis caminhos a trilhar que possibilitará a escolha de opções vantajosas para todos os que integram a nossa universidade.

Qualquer que seja o resultado na próxima Quinta-feira a UBI sairá vitoriosa e na Sexta-feira acordaremos numa Universidade renovada.

António Tomé
Dep. Física - Faculdade de Ciências

1 comentário:

Anónimo disse...

Porque voto B?
Porque existe por parte da lista A uma incongruência, que não consegui resolver, entre o discurso onde se presume "estarem todos em sintonia" e o conjunto de príncipos programáticos que dificilmente podem ser consensuais, pelo menos no seio da academia. Parece, no entanto, que a lista A não teve dúvidas já que esses príncipios se "mantém inalterados desde o primeiro minuto".