Antes de eleger o reitor, os 15 conselheiros eleitos pelos docentes e investigadores terão de trabalhar em conjunto com os outros 14 conselheiros, desde logo para eleger o seu presidente e para fazer os regulamentos do próprio CG e da eleição do reitor. Para esse trabalho é preciso competência e saber técnico. Vão estar ali 8 conselheiros de fora (e um deles será o presidente!), personalidades nacionais e locais, pessoas de prestígio e com provas dadas nos seus domínios.
Será bom então que os docentes e investigadores eleitos sejam pessoas com capacidade de intervir, com conhecimentos técnicos não só sobre os estatutos da UBI, mas também sobre os procedimentos básicos do funcionamento de uma assembleia.
Desde há muitos anos que tenho estado em diferentes órgãos colectivos da UBI, Senado, Comissão Coordenadora do Científico, e se há pessoa que se tenha destacado nesses órgãos pelo seu saber técnico, pela sua experiência e competência, pela ponderação e pelo equilíbrio de posições é o Prof. Luís Lourenço que se encontra em nº 6 da lista B. A sua presença no CG representará um contributo precioso para o bom funcionamento do próprio órgão.
Claro que tem de haver mudanças na UBI. Ninguém põe isso em causa. Mas há claramente um diferença entre mudanças efectivas e ponderadas, por um lado, e aventureirismos por outro. O Conselho Geral deverá ser a meu ver um factor de estabilidade e de união dentro da UBI e não um alfobre de conflitos entre faculdades ou grupos. A experiência e a competência são os ingredientes necessários a uma mudança tão determinada quanto serena.
Considero que eleger conselheiros inexperientes, sem capacidade de um discurso coerente, não abona a favor da imagem da UBI, não prestigia o órgão e não ajudará de modo algum ao seu bom funcionamento. Ninguém duvida das boas intenções de ninguém, mas todos sabemos que as boas intenções não chegam.
AF
Continuação de CONSELHEIROS, SENADORES E GRANDES ELEITORES II
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24 comentários:
Como observador parece-me que os princípios que o Prof. Fidalgo enuncia não foram seguidos na elaboração da "sua" própria lista. É que para o Prof. L. Lourenço ser eleito isso implica que o nº 3 da sua lista também foi eleito. Ora, essa personalidade é essencialmente externa à UBI e não entenderá, decerto, o que é a essência de uma universidade...
Um artigo que transpira realismo, pragmatismo e experiência.
Como sempre, um enorme farol desta instituição.
Em nenhum parágrafo do texto é posta em causa a importância das personalidades externas no Conselho Geral. Diz-se, isso sim, que os eleitos devem ser “pessoas com capacidade de intervir, com conhecimentos técnicos não só sobre os estatutos da UBI, mas também sobre os procedimentos básicos do funcionamento de uma assembleia”. Aliás, a obrigatoriedade legal de integrar personalidades externas no Conselho Geral é o reconhecimento da sua importância nas universidades. Por isso não encontramos qualquer contradição.
De acordo quanto à presença de membros externos. Sem discutir o mérito da personalidade em causa recordo que os membros externos devem entrar pelo seu contingente e ser cooptados pelos membros eleitos e nunca deveriam entrar através do contingente dos professores...
O comentário do desalistado não é nada abonador para mais de 90% dos professores que asseguram serviço na Faculdade das Ciências de Saúde. Seria interessante saber se o grau de menoridade com que o desalistado rotula esses professores é partilhado pela administração da respectiva faculdade.
Que eu saiba não são externos porque equiparados a professores.
De facto reparei que a lista A discrimina entre O Prof doutor de medicina e os médicos equiparados a professores. Por isso entendo que é mais discricionária a lista A.
Já dissemos inúmeros vezes da preocupação da Lista B em acolher várias sensibilidades dentro da UBI, da nossa preocupação em que as diversas categorias de professores tivessem uma representatividade equilibrada. Não era aceitável deixar de fora representantes de todos aqueles, e são muitos, que quase sempre com sacrifício pessoal asseguram a existência e o sucesso do ensino da Medicina na UBI. Se há algo estranho, mas não me compete a mim opinar sobre, é o facto de eles não terem tido lugar na outra lista. Nunca pretendemos ser uma lista elitista. Somos apenas uma lista que pretende que ninguém seja excluído na construção do futuro da UBI.
António Tomé
Podemos fazer ruído para nada se ouça...
É que 1) nem todos os equiparados a professores são iguais e dentro dos 90% encontrará quem sabe o que é uma academia e quem não sabe, 2) os equiparados a professores não deveriam ser elegíveis no corpo de professores, 3) curiosamente tenho à minha frente o edital da comissão eleitoral onde vejo claramente a distinção NA LISTA B entre professores doutorados e não doutorados.
É verdade. Fui ler melhor o texto da lista A e discrimina, de facto, os docentes convidados não doutorados. Mas não foi essa situação criada por quem esta a gerir a FCS? De facto, parece uma contradição. Concordo com o “anónimo” e o “contracrisis”.
Caros colegas,
É muita presunção, considerarem-nos acéfalos!
Querem convencer-nos que a preocupação com os Professores convidados da FCS é legítima e honrosa? Poupem-nos! Não será a verdadeira preocupação o facto de quererem angariar votos na FCS???
E os ASSISTENTES? Não estão preocupados com o facto de serem a ÚNICA CATEGORIA PROFISSIONAL NA UBI QUE NÃO TEM DIREITO A VOTO? AINDA NÃO VI NINGUÉM ABORDAR ESTA QUESTÃO!
Não estamos preocupados os Professores convidados da FCS só achamos não haver motivo para serem excluidos, ao contrário são professores da UBI e têm que ser incluidos.
Quanto aos assistentes, não tenha dúvida que se a lei permitisse que eles integrassem o Conselho Geral estariam na nossa lista, e em lugar eligivel.
António Tomé
Deixemo-nos de subterfúgios e blá blá blá! Quem vota para Reitor é o Conselho Geral. NÓS, OS RESTANTES, NÃO VAMOS VOTAR PARA REITOR!
SE QUEREM VOTAR PARA REITOR escolham agora a lista que já representa os potenciais candidatos:
Lista A - JOÃO QUEIROZ
Lista B – REITOR VIGENTE (segundo membros da própria LISTA B), ou FIDALGO, ou ....
Façam a vossa escolha agora porque depois SÃO ELES QUE VOTAM!
E não tenham dúvidas! As listas representam os candidatos e apoiantes dos candidatos que refiro! E O QUE DIZEM AGORA NÃO SERÁ O QUE FAZEM DEPOIS (O VOTO PARA REITOR É SECRETO)
Parece-me que o “Anónimo” dá uma no cravo, outra na ferradura. Os dois comentários que apresenta são incoerentes.
É claro que as duas listas querem o máximo de votos. E os “Professores” convidados da FCS, que por sinal são na esmagadora maioria “médicos”, devem ter um peso na decisão. Porque são eles que, de facto, permitem que a FCS funcione (tanto em termos humanos, como em termos de financiamento, ainda que indirecto). E são estes profissionais, sem desrespeito para os académicos em full-time na FCS, que sabem transmitir aos alunos, como é que se “pratica” a medicina.
A maior parte dos colegas “convidados” sabem o que é melhor para a UBI e para a FCS. Já falei com alguns deles e têm os pés bem acentes no chão. Votam por convicção e independência, pq não precisam de mais nada.
Pois, caro Tomé,
É muito fácil falar depois dos outros levantarem as questões. OS ASSISTENTES VÃO TER ISSO EM CONSIDERAÇÃO, CONCERTEZA! E o que refere quanto aos Professores Convidados serem excluídos, apenas o "ouvi/vi" neste blogue.
Se quiser falar de questões que decorrem nos bastidores, ora então vamos lá ...
aí, sim, já ouvi muitos argumentos contraditórios. Nem parecem as mesmas pessoas a falar ...
Parece-me que a presunção da lista B é exactamente a oposta ao comentário de um dos anónimos. Isto é, fartam-se de proclamar que os seus membros não serão acéfalos, que cada um pensará pela própria cabeça no momento de tomar decisões. O tempo dirá se tal corresponderá à verdade. Apesar de dúvidas que eu ainda tenho parece-me que essa é a única postura aceitável face à natureza do CG.
O que o anónimo sugere é que como os assistentes não votam, nem estão representados, não deveria haver lista B. Como é que o levantamento desse tema ajudaria o debate? Deveríamos estar aqui a debater as fragilidades da Lei? São muitas, e o debate seria interessante mas sem frutos. Nenhum de nós participou na elaboração da actual lei.
A vantagem de termos um blog é não necessitarmos de mexericos de bastidores, e eu tenho por hábito assinar os meus comentários.
Pode dizer o que tem a dizer neste blog, sem o disse que me disse, sem o ouvi dizer que ….
Exponha as suas ideias e esgrima os seus argumentos. O valor da argumentação não fica, nem enfraquecido nem reforçado por qualquer que sejam, ou tenham sido, as jogadas de bastidores.
António Tomé
Respondendo à primeira msg do "desalistado" (logo a primeira qdo aborda o nº 3 da lista B, que nem sei quem é... é Prof. de onde?). Mas percebi a sua critica, que discordo.
Precisamos, de facto, de ter cuidado. O CG não pode ter conselheiros que não deram provas de conseguirem liderar projectos de intervenção na UBI. Eu tenho até dúvidas se, uma vez no CG, um mau conselheiro conseguirá definir e apresentar ideias sobre uma estratégia para o desenvolvimento da UBI. Ou fica calado, ou vai gerar confusão.
Um conselheiro eleito pelos docentes/investigadores não pode ter falta de “capital de conhecimento”. Pode haver bons conselheiris que não são doutorados e maus conselheiros doutorados. Acho que as palavras sábias do Prof. Fidalgo dizem tudo “Considero que eleger conselheiros inexperientes, sem capacidade de um discurso coerente, não abona a favor da imagem da UBI, não prestigia o órgão e não ajudará de modo algum ao seu bom funcionamento.”
Pegando neste exemplo da lista B, acho que o CG deveria ter um blog para ouvir as opiniões dos ubianos no futuro.
Radical, radical era mudar TUDO.
De facto, o anónimo que gostaria de ver nomes a reitor é ainda "situacionista". Todos os nomes (dos que tem vindo a ser invocados)que compõem as listas têm responsabilidades no passado. E ninguém se faça passar por santo, pois quase todos estiveram fortemente implicados na gestão em cargos de alta responsabilidade. Parece que se via com bons olhos que aparecesse aí um CR7 das Universidades, tipo o da Microsoft.O resolve jogos.
A mim basta-me que o novo reitor escolha bem a sua equipa e se apoie em sangue novo (de ideias arrojadas), prometendo que não vai deixar os destinos das coisas nas mãos de burocratas mas sim de grupos de trabalho.
Agora concordo com o “contaracrisis”: O único catedrático independente e desacorrentado que aparece em lugar elegível é o Prof. Paulo Oliveira. E já anda uma corrente entre os mais novos para que ele seja uma … terceira via. Pode é ter a desvantagem de não conhecer os meandros do MCTES e, nos tempos difíceis que se advinham, só uma pessoas experimentada e com calo poderá continuar a pôr a UBI onde ela merece estar.
Contudo, independentemente do que acontecer na eleição, acho que o Prof. Paulo Oliveira deveria ser o responsável pela investigação na UBI.
Não era necessário ser tão radical e mudar tudo. Mas mudar o que não funciona. Por exemplo, alguns Presidentes de Faculdades precisam de ser reformados. Não apresentam nada. Deixam o barco andar ao sabor do vento.
Apenas queria informar que durante o dia de ontem acabei de formar a minha opinião e decidi votar A. De qualquer modo desejo felicidades à lista promotora deste blog.
Atenção que o verdadeiro contracrisis não é o que escreveu anteriormente.
Maldade ou mera estupidez de quem usa o Nome de outros para confundir as hostes?
O contracrisis reflectiu e bem e vai votar B, claro
Eu também. Depois da discussão em torno deste tópico, já decidi.
Voto na B.
Aqui soube a opinião de vários colegas. Da outra lista, apenas sei a opinião do que quer ser Reitor.
Felicidades para as eleições. Espero que ganhem!
Não sei quem colocou o comentário anterior usurpando o meu nick. Pese embora o desagrado que isso possa causar a alguns a minha opção pela lista A é irreversível.
É claro que temos um brincalhão. Todos podem ler as minhas opiniões neste blogue.
O MEU VOTO É NA LISTA B.
O falso que usa o meu nick deve ser alguém desesperado com o sucesso que este blogue está a ter.
Será que a lista A está deseperada????
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