quinta-feira, 30 de outubro de 2008

LISTA B EM DISCURSO DIRECTO I

Se a lista A é encabeçada por um candidato a Reitor, porque é que esta não faz o mesmo?

As competências reservadas ao Conselho Geral mostram claramente que a missão fundamental deste órgão é fiscalizar o poder executivo, isto é, o trabalho da equipa reitoral. Por isso defendemos que o correcto funcionamento do sistema depende de uma clara separação de poderes, com fiscalizados e fiscalizadores a cumprirem o seu trabalho sem qualquer tipo de constrangimento decorrente de compromissos anteriores.

6 comentários:

Anónimo disse...

Ao olhar para o título deste tópico não pude deixar de ler "O 'Eduquês' em discurso directo". Li porque é este tipo de discussão que me interessa. Interessa saber se os compromissos preconizados nos "aspectos programáticos da lista A", nomeadamente o da falácia do "ensino centrado no aluno", ou outros paradoxos da pedagogia romântica, colhe adeptos nesta lista B.

Anónimo disse...

Permitam-me apenas uma achega sobre a questão reitoral.
A falta de comprometimento da lista B com uma escolha para reitor, sabendo nós que o C. Geral será chamado a tomar essa decisão, ao invés de ser um argumento eleitoral positivo é sinónimo de falta de transparência e, por isso, uma fragilidade incontornável da lista encabeçada pelo Prof. Venâncio.
Porquê falta de transparência?
Porque é evidente (aos olhos de qualquer observador razoável) que os membros eleitos da lista B votarão em bloco no mesmo candidato a reitor e até poderão exercer o seu direito de cooptação de membros externos com os olhos postos nesse objectivo.
Mas como a lista oculta deliberadamente a escolha que já fez, eleitores como eu receiam que o escolhido não seja uma personalidade "consensual" na universidade mas antes uma personalidade "impopular".
Que melhor estratégia poderia existir para eleger um candidato "impopular" (que nunca seria eleito numas eleições directas) do que pedir este cheque em branco?

Juntos pela UBI disse...

Depreendemos que encontrou, portanto, uma conspiração muito bem urdida.
Acredita mesmo no que escreveu? Não me parece.
A nossa única decisão “em bloco” foi assumir o compromisso de defender intransigentemente os interesses da UBI acima de toda e qualquer estratégia pessoal. Como? Mantendo a independência do órgão em relação ao futuro reitor.
Mas há um ponto em que estamos de acordo consigo: numa determinada situação podem ser cooptados membros externos, não pelo seu valor, mas para votarem em determinada pessoa. Sabe em que situação? Sempre que uma lista ao Conselho Geral seja encabeçada por um candidato a reitor.

Anónimo disse...

Eu, por acaso, também acho que a falta de transparência está precisamente na lista que já tem um candidato a Reitor. Dá a sensação que os membros a eleger estão amarrados a uma dependência e, esses sim, quando estiverem no CG, votarão em bloco no candidato a Reitor. Ou acham que o vão trair, quando estiverem no CG?
Seria interessante os membros da lista B responderem à provocação do “Prof. Auxiliar”. Eu ainda não decidi a minha votação, mas esta questão é importante.
Assim, sim, isto está a aquecer...

Anónimo disse...

Eu não sou um observador razoável e não votarei em bloco com ninguém! Após eleitos cada elemento da Lista B tomará as opções que achar mais correctas para o futuro do seu departamento, da sua faculdade e da nossa Universidade. Não está sobre as ordens de ninguém, nem tão pouco vinculado a nenhuma opção prévia, responderá apenas perante a sua consciência.

Quanto a um candidato "impopular" escondido, só um observador colocado num Universo com muitas dimensões percebendo, a nossa realidade como sombras, oops estou a entrar por domínios que não domino, mas enfim, poderia ver em cada um de nós a mesma opção prévia para candidato a reitor. No fim de contas as sombras são todas parecidas.

António Tomé

Anónimo disse...

Se bem compreendi a pessoa que assina "prof auxiliar", ele afirma que a lista B tem (ou terá em breve) um candidato a reitor, mas que em vez de o assumir claramente, elabora um belo discurso pré-eleitoral de independência de poderes, seja movida por razões de mera propaganda, seja por ainda não ter decidido que candidato apoiar.

Qualquer destas possibilidades configura uma situação em que a lista B (ou seja, os seus elementos) se encontra a mentir deliberada e descaradamente à academia. Que alguém afirme isso de uma lista que integro é algo que, pessoalmente, não posso senão considerar insultuoso.

José Amoreira