quinta-feira, 30 de outubro de 2008

CONSELHEIROS, SENADORES E GRANDES ELEITORES I



A proximidade das eleições americanas com a eleição para o Conselho Geral da UBI, oferece a possibilidade de pensar sobre o que são, serão e deverão ser os nossos conselheiros por comparação com os senadores e os grandes eleitores americanos.

Os americanos vão eleger indirectamente um presidente, através da eleição, em cada um dos 50 Estados norte-americanos de grandes eleitores. Será o colégio de grandes eleitores a eleger efectivamente o presidente. Em 2000 Al Gore teve mais votos que George W. Bush, mas como este teve mais grandes eleitores foi ele o presidente eleito. A função dos grandes eleitores acaba na eleição do presidente. Depois disso cada um vai à sua vida, nada tendo a ver daí em diante com o exercício do poder presidencial.

Lendo com olhos de ler as funções do Conselho Geral da UBI vemos que os nossos conselheiros não são simples grandes eleitores, cuja missão fosse a eleição do reitor da UBI. É muitíssimo mais do isso, e é-o por muitas razões. Desde logo porque não fazem a eleição do reitor e, pronto, trabalho feito. Não, vão lá ficar quatro anos. Mas antes de eleger o reitor terão ainda muito a fazer:
1- de se entender entre si -- os 15 conselheiros eleitos pelos professores, mais 5 conselheiros vindos dos alunos, mais 1
conselheiro vindo dos funcionários -- e cooptar 8 conselheiros exteriores à universidade;
2- Depois da cooptação os conselheiros terão de eleger de entre os 8 elementos cooptados o seu presidente;
3- Elaborar o regulamento do seu funcionamento, isto é, o regulamento do próprio Conselho Geral.
4- Elaborar o regulamento da eleição do reitor.

Ou muito me engano, ou todo este processo vai exigir muito trabalho e demorar muito tempo (meses, sim). Quando chegar a eleição do reitor já os conselheiros terão a consciência de que são muito mais do que simples grandes eleitores.
(continua)

António Fidalgo
Dep. Comunicação e Artes - Faculdade de Artes e Letras

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